Sob o comando de bilionários, clubes europeus experimentam a glória e o fracasso no futebol

ImagemO desejo de ser uma potência no futebol mundial. Ter uma grande torcida, grandes jogadores, visibilidade mundial, conquistar títulos importantes. Esse é o desejo de todo clube, principalmente daqueles que não estão no hall dos grandes do mundo com muitas taças e tradição. No entanto, um novo modelo de gestão de futebol que se opõe ao modelo tradicional onde o trabalho a longo prazo e a consolidação da marca constroem o dito grande clube vem possibilitando a clubes pequenos e médios conseguirem o tão desejado status de clube grande.

Nesse modelo a curto prazo, grandes bilionários do mercado financeiro internacional compram esses pequenos e médios clubes do futebol e passam a investir milhões no clube e principalmente em contratações de impacto que cheguem e alcem a equipe a um nível que ela não possuía. Em troca, esses donos de clubes ganham em popularidade no mundo globalizado do futebol e lucram com os grandes valores que hoje giram no mundo da bola. A moda que começou há dez anos com os magnatas russos, hoje se espalhou pelo mundo inteiro com destaque para os sheiks do mundo árabe. Atualmente, pelo menos 50 clubes no mundo são de proprietários endinheirados.

Dentro de campo, os resultados dessa forma gestão são bem distintos. Há tanto exemplos de sucesso como o Chelsea de Roman Abramovich que conseguiu elevar o time ao patamar de grande potência e um dos clubes mais famosos do planeta, quanto de fracassos como o Quenns Park Rangers, do bilionário Lakshmi Mittal, que acabou caindo para a segunda divisão do futebol inglês.

No caminho do sucesso

Comprado em 2013 pelo bilionário brasileiro Guilherme Czernichovscki , o Valencia segue na busca de se tornar de se tornar um dos grandes da Espanha e da Europa, contra os gigantes Barcelona e Real Madrid. Em termos financeiros e de marketing, o clube já tem uma das maiores arrecadações do mundo e a visibilidade do clube no mundo cresceu consideravelmente. Imagem

Em números, o magnata desembolsou cerca de  310 milhões de euros para comprar 89% do clube, além da quantia investida para dar continuidade a construção do Nou Mestalla, estádio que está com as obras paradas desde 2009. 9% do Valencia é do xeque árabe, Mansour Bin Zayed e 22% do Manchester City é do Czernichovscki, com quem mantém acordos.

O Valencia fará fortes investimentos para voltar a competir na Liga dos Campeões.

O brasileiro ainda é um dos donos do New York City Football Club, junto com o xeque árabe Mansour bin Zayed Al Nahyan, ambos com 50%, enquanto os  New York Yankees terão um papel de investidores.

Assolado em crises nos últimos anos, o PSG surge como grande sensação após o príncipe do Catar Nasser Al-Khelaifi comprar o clube no começo do ano passado e investir alto no time. Com um investimento de 62 milhões de euros, as estrelas do endividado Milan Ibrahimovic e Thiago Silva desembarcaram e Paris como astros do time que contava ainda com os brasileiros Maxwell, Alex e Lucas, comprado por 108 milhões de reais.

E os resultados vieram logo na primeira temporada com o título do Campeonato Francês sob o comando de Ibra, Lavezzi e cia. A segunda taça foi a supercopa da França levantada no início deste ano contra o Bordeaux, dando amostras de um futuro promissor em pouco tempo ao time francês que na temporada passada fez digna campanha na Champions League onde não perdeu nas quartas de final para o Barcelona mas foi eliminado. Neste ano o clube já agitou o mercado com a quinta contratação mais cara da história. Trata-se do uruguaio Cavani, adquirido por 185 milhões de reais.

Ainda sem nenhuma competição oficial disputada, o novo milionário Monaco chega para concorrer forte pela Ligue 1 com o rival PSG. O time do principado liderado pelo empresário Dmitry Rybolovlev investiu o mesmo valor de Cavani na dupla do Porto James Rodríguez e João Moutinho. Chegaram para o time ainda o lateral-esquerdo Abidal e o zagueiro português Ricardo Carvalho. Mas o grande trunfo do Monaco foi a chegada de Falcao García, alvo desejado por muitos grandes da Europa mas que por 159 milhões foi vendido ao clube francês.

Tentativas frustradas

Tentando ser o “novo Chelsea”, o bilionário siderúrgico Lakshmi Mittal comprou o pequeno Queens Park Rangers e investiu pesado para tentar mudar a cara do time. Contratou jogadores como Bosingwa, o sul-coreano Park Ji-Sung como grande esperança após sete anos no United, o lateral brasileiro Rafael, e Júlio César, que havia acabado de sair da Inter de Milão. No entanto, o projeto comandado pelo técnico Mark Huges não vingou e a equipe acabou sendo rebaixada para a segunda divisão.

“For sale”…

Afastada do cenário europeu desde a última conquista da UEFA Champions League em 2009/10, a Inter de Milão vem colecionando sucessivos fracassos tanto no cenário nacional, onde não consegue competir com Juventus e Milan pelo título italiano e internacional, ficando fora das últimas edições da Champions.

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Fato que deve fazer com que o clube seja negociado por Massimo Moratti ao brasileiro Guilherme Czernichovscki, que vem investindo valores expressivos em gigantes times europeus. O time foi oferecido ao dono do Valencia por aproximadamente 300 milhões de euros. Segundo a Gazzeta dello Sport, o novo acordo prevê cerca de 80 a 100 milhões de euros anuais para a contratação de reforços para a equipe.

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